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17 de fevereiro de 2020

Post Nº 80 - Óbitos de Camaradas

Manuel Cármine Resende Ferreira
Alf. Mil. Art. em Jolmete (Pelundo – Teixeira Pinto)
CCAÇ 2585 – BCAÇ 2884




Caros amigos e companheiros,
soube, pelo site do grupo a que ele pertencia, que infelizmente o Manuel Silva também foi fazer a tal viagem sem retorno. Publiquei na altura, em 12 de Dezembro de 2019 no nosso grupo do Facebook:

"Caros amigos e companheiros, é com muita triteza que vos informo do falecimento do nosso camarada Manuel Silva. Vivia no Porto, próximo do Palácio de Cristal. Não sei os problemas de saúde que tinha, mas era muito activo nos comentários aos nossos postes. Tentei ligar, mas o telefone está desligado. Neste momento não posso adiantar nada em relação ao seu funeral. Creio que foi fazer a viagem sem regresso, muito cedo. Esteve em Jolmete (Guiné) com a CCAÇ 2585"


(Foto do último convívio em Fátima)

Este camarada, pertenceu ao nosso Batalhão BCAÇ 2884, sediado no Pelundo, e da Companhia 2585 de Jolmete. Fez parte, em rendição individual, do Pelotão de Caçadores Nativos Nº 59 (ou NATURAIS, como queria que se dissesse o nosso Com. Chefe Sr. Gen. Spínola).
É sempre triste dar notícias destas, mas a vida é assim, nada podemos fazer.
Envio em meu nome, e tomo a liberdade de representar todo o Batalhão BCAÇ 2884 para enviar sentidos pêsames a toda a família enlutada.
Não sei os pormenores da sua morte, mas para lá todos vamos. Espero quando lá chegar que ele me conte como tudo aconteceu.
Que descanse em Paz. 
Adeus Manel Silva.

Manuel Resende (Ferreira)

30 de agosto de 2018

Post Nº 76 - Cajan, Régulo de Jolmete

Manuel Cármine Resende Ferreira
Alf. Mil. Art. em Jolmete (Pelundo - Teixeira Pinto)
CCAÇ 2585 - BCAÇ 2884 











CAJAN - RÉGULO DE JOLMETE

Nota informativa para quem não se lembra: 
Moutinho dos Santos era Alferes da Companhia que esteve antes de nós em Jolmete, a 2366. Era a Companhia do Sr. Capitão Barbeites. Depois de sair de Jolmete em 28-5-1969, dia em que ficámos por nossa conta, e logo com um grave acidente com a basuca do 1º Cabo Brotas, tal como mais tarde o nosso Alferes Almendra, foi graduado em Capitão pelo Sr. General Spínola e a Companhia foi para Quinhamel, gozar “férias”, mas ele como Capitão teve que ir comandar outra Companhia no Sul. Presentemente exerce advocacia no Porto e é um excelente elemento da Tabanca Pequena de Matosinhos, com várias idas à Guiné para entrega de bens.

Pergunto eu a Moutinho dos Santos:
“Amigo Moutinho Santos, recentemente estive com o Marques Pereira, Alferes da minha Companhia, a 2585 que vos sucedeu. Presentemente vive em Moçambique, e veio cá. Mostrei-lhe fotos do Cajam e disse-lhe que o Cajan tem um filho médico no Hospital de Santo António, creio que foste tu que me deste essa informação. Sabes quem é a mãe? perguntou ele, será a Maria Sábado? do nosso tempo... Sabes alguma coisa dele, ou contactos... “

Resposta de Moutinho dos Santos:
“ OLÁ RESENDE:
- De facto, o Cajan Seidi, soldado milícia do Pelotão de Milícias de Djolmete, que "alinhou" connosco, e convosco, nas matas do Djol, tem em Portugal, mais especificamente no Porto, um "filho" médico, o Dr. Jorge Seidi (conhecido entre os amigos por Jorgito). Ele faz parte das equipas de Urgências do Hospital de Santo António, penso que como contratado de uma empresa de "manpower" que presta serviços aos hospitais do Porto. Pus a palavra filho entre aspas, pois, na verdade ele não é filho biológico do Cajan, mas sim sobrinho.
- Como sabes, segundo as "leis" da etnia manjaca, e de outras etnias da Guiné, em que  os sobrinhos e primos também são considerados "filhos" quando vivem todos na mesma morança, o irmão que herda a "posição" (sucede no cargo) de outro irmão mais velho, também "herda" a mulher e os filhos do irmão. Com o Cajan sucedeu isso.
- O avô do Cajan, de nome Cambanque Seidi, Régulo do Djol, tinha vários filhos, sendo um deles o pai do Cajan, de nome Domingos, que foi morto pelo PAIGC logo no início da luta pela independência. O avô, ao tempo Régulo, foi um dos mortos na "chacina" praticada em 1964 pelas NT contra os homens grandes da tabanca de Djolmete e outras do regulado. Este "assunto" consta de um Post do blogue do Luís Graça... ali colocado por um Furriel de uma CCaç da guarnição de Bula/Tx.ª Pinto em 1964, antigo combatente que emigrou para os USA... O Cajan teria nesta data 15/16 anos...
- Este "assunto", a que ninguém se referia quando estivemos em Djolmete, e também nunca falado anteriormente quer pelo n/ Exército quer mesmo pelo PAIGC, foi-me confirmado pelo Cajan e por dois dos seus "filhos" que, inclusive, na última visita (2017) que fiz a Djolmete quiseram indicar-me o local onde foram enterrados, em "vala comum", muito perto do sítio onde os n/ Majores foram mortos em 1970...
- Como o Cajan era o neto sobrevivo mais velho do Régulo, veio a "herdar" o cargo do avô, pois o irmão/primo a quem tal cargo pertenceria já tinha falecido, deixando viúva a Quinta e o filho Jorge que - na altura em que estivémos em Djolmete -  estaria à guarda de um tio em Dakar (Senegal) e internado numa Missão Católica. Oficialmente ninguém se referiu - que eu saiba - ao cargo do Cajan  durante a n/ estadia em Djolmete.
- Assim, o Cajan com o cargo de Régulo do DJOL herdou como 1ª mulher a cunhada, de nome  Quinta - que vivia em Djolmete ao tempo em que nós por lá estivemos -,  de quem veio a ter + 3 filhos (Joãozinho - falecido, Minguito e Melita - médica em Bissau). Actualmente está em Portugal com o filho Dr. Jorge. O Cajan tem mais 4 mulheres... e 25 filhos ao todo...
- A segunda mulher do Cajan é a Maria Sábado - n/ conhecida - de quem o Cajan tem vários filhos (um deles o Fidalgo que é professor e director da Escola E/B de Canchungo (Txª Pinto).
- A terceira mulher do Cajan é a n/ conhecida Amélia de quem o Cajan tem 6 filhos (vários deles a viver em Bissau).
- A quarta mulher do Cajan é a Emíia de quem o Cajan tem vários filhos.
- Por fim, a quinta mulher, ainda muito nova, de nome Maria também tem já filhos...


Moutinho dos Santos convidou Cajan a ir almoçar em Teixeira Pinto


Amélia com os seus filhos em Jolmete

Para o ano, se tudo correr bem, se houver €€€ e a saúde ajudar, tenciono voltar à Guiné-Bissau e a Djolmete para, com a Tabanca Pequena, fazermos a instalação de um poço artesiano, pois, os poços tradicionais que a ACNUR abriu na Tabanca de Djolmete, quando serviu de Campo de Refugiados dos independentistas do Casamance, secaram todos e a população (3.000 habitantes), que só tem uma hora de água por dia do poço do Centro de Saúde, voltou a ter de ir buscar a água à bolanha...

Depois falamos sobre este assunto.

Um abraço
EmoutinhoSantos “



Publicado por 
Manuel Resende (Ferreira)



9 de outubro de 2017

POST Nº 72 - Filme de Marreiros Alves

José Alexandre Marreiros Alves
Fur. Mil. em Jolmete (Pelundo – Teixeira Pinto)
CCAÇ 2585 – BCAÇ 2884
























... da metrópole à Guiné ida e volta - serviço militar cumprido e, com orgulho, faz em breve cinquenta anos.









Publicado por
Manuel Resende (Ferreira)